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Irmã Benigna, uma vida de amor - História em Quadrinhos

História em quadrinhos escrita e desenhada por Flávio Maciel Silva.

Irmã Benigna

... Uma lição extraordinária de Humildade, Amor ao próximo, Entrega, Fé e Oração!

Em 16 de agosto de 1907, chegava ao mundo uma pessoa enviada por Deus para semear nos tantos corações aflitos e desamparados a semente do amor, bondade, caridade, fé e oração.

Nascia em Diamantina, Maria da Conceição Santos, filha de Joaquim Antônio dos Santos, e Eulália dos Santos...

...Tinha muitos irmãos. Seus pais a educaram nos princípios cristãos e sempre participava de festas religiosas, procissões, terços e coroações.

Dava aula de catecismo para crianças, animava a todos com seu violão e suas músicas alegres. Desde cedo tomou conhecimento de sua vocação religiosa e foi preparando-se para ela com apoio de seus pais.

Aos 28 anos, no dia 11 de fevereiro de 1935, entrou para a vida religiosa, dia de Nossa Senhora de Lourdes. Fez sua primeira profissão (votos religiosos) em março de 1936, dia de São José, passando a chamar-se Irmã Benigna Victima de Jesus.

Designada a prestar serviços na Santa Casa de Misericórdia de Itaúna, onde diplomou-se em enfermagem prestando enormes serviços, não só como enfermeira, mas principalmente como superiora em 1943, quando fundou uma maternidade para dar assistência e conforto às mães carentes.

Onde Irmã Benigna chegava, reinava a paz e a alegria. Sempre aproximava das pessoas quando as via em aflições, adquirindo a confiança delas para que falassem de seus problemas. Convertia muitas almas, aconselhando com carinho e amor. As pessoas experimentavam grandes transformações e os problemas começavam a ser resolvidos.

Dedicava-se cada vez mais às orações e conselhos. A todos recebia com amor e não negava a ninguém ajuda e amparo.

Para ela, não havia barreira intransponível, tudo era resolvido através de Jesus e Nossa Senhora.

Certa vez ganhou do Dr. Alberto uma vaca leiteira com registro, vinda de São Paulo, prenha e toda cercada de cuidados. A viagem para levar o animal a Lavras foi uma aventura pois era necessário um caminhão ventilado e tudo bem arranjado, e Irmã Benigna foi na cabine com o motorista.

Este animal lhe deu muitas alegrias, pois dela eram tirados todos os dias 25 litros de leite e com isso os velhinhos passaram a tomar 4 copos de leite por dia e suas crias melhoraram o gado do asilo.

Sempre encontrávamos Irmã Benigna apanhando objetos doados e seguindo pelas estradas, levando caminhões carregados que iam aliviar tanta aflição. Tudo em suas mãos se multiplicava e as campanhas iniciais se transformavam num grande mutirão. Por isso hoje é conhecida como a Santa da Fartura. Animava a todos com seu violão, que levava para tocar antes das orações.

A quantas familias que estavam nas trevas, em completa escuridão, ela ensinou a fé, a oração, a devoção a Nossa Senhora e ao Rosário. Eram mais devotos, mais alguns a acompanhá-la nas orações, ajudando-a a minorar o sofrimento dos probres: dandos roupas, alimentos e remédios. Os amigos iam aumentando, amigos de fé, através de Irmã Benigna, seguindo seu exemplo de trabalho e caridade.

Ela não valorizava o defeito das pessoas, somente as qualidades. Sempre que saía, levava uma bolsa grande quase uma maleta, onde carregava tudo, até merenda para repartir com os pobres. Às vezes, era o seu café da manhã, outras vezes, o seu almoço. Matou a fome de muitas pessoas, muitas famílias.

Para coroar a sua obra, já tão bela e dedicada às causas de Deus junto ao próximo, Irmã Benigna viu a necessidade de construir uma capela no asilo, pois não havia como assistir à Santa Missa. Com o local escolhido já previsto por ela, foi feito o projeto e com a ajuda de todos iniciaram assim as obras.

A inauguração foi no dia 16 de agosto de 1980 com grande festa religiosa e participação de amigos de várias cidades e estados.

Eles doaram imagens, cálices, sacrário, bancos, toalhas e até vasos de plantas ornamentais. A Capela ficou linda! O piso e a metade das paredes eram revestidos em mármore. Depois Irmã Benigna iniciou a construção da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes em frenta a capela. Pedingo Doações de todo o material e com muitas dificuldades ela foi erguendo a gruta. Em 16 de agosto de 1981 foi inaugurada com grande festa, com a presença de grande número de amigos. 

Após passar mal uma noite e ir a uma consulta no dia seguinte, foi levada ao CTI, onde permaneceu por quatro dias. queria saber de todos e rezava com médicos e visitas por suas necessidades. Mas no dia 16 de outubro, depois de uma vida inteira de entregar seu coração, de repartir-se, este coração tão grande parou. Sua obra estava terminada.

Depois de sua morte foi fundada a Associação dos Amigos de Irmã Benigna para continuarem sua obra de oração e caridade junto aos asilados de Lavras.

Os amigos uniram-se e fortificaram-se. A finalidade da associação é sustentar de alimentos o asilo para que não falte o pão de cada dia.

Todas as segundas-feiras, há 26 anos, os amigos se reúnem em sua sepultura, às 14:00 horas, para juntos rezarem a novena de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia que ela ensinou-os a rezar nas grandes aflições. No começo eram 3 pessoas a rezar e hoje um grupo grande se reúne, faça chuva ou faça sol, frio ou calor, para rezar, pedir sua intercessão nos casos mais difíceis. E assim graças e milagres têm sido alcançados.

Hoje os amigos e devotos reúnem os milagres para abertura do processo de beatificação de Irmã Benigna. Sua vida e suas obras não foram em vão, seu exemplo está aí para ser seguido. Ela foi uma forte guerreira que venceu com amor. Pequenina, simples, humilde, alegre, confiance, piedosa, fiel a Deus, devota de Nossa Senhora e do Rosário, uma vitoriosa a enxugar lágrimas e aliviar sofrimentos. Irmã Benigna amou tanto que se entregou inteira, entregou todo o seu coração e hoje são dezenas, centenas e milhares de devotos que seguem o seu exemplo.