Maria Isabel Adami Carvalho Potenza

Maria Isabel Adami Carvalho Potenza

Sempre o Terço

Data: 16/10/2022

Edição: 85

(A Igreja consagra o mês de outubro à devoção universal do Terço de Nossa Senhora).

A devoção ao Rosário de Nossa Senhora é a mais popular da Igreja. Inspirado pela própria Santíssima Virgem, composto por um de seus mais gloriosos santos, profusamente aprovado pelos Sumos Pontífices e por eles insistentemente recomenda-do, teve o Rosário a vantagem de ser recebido por todos os povos da cristandade com simpatia e fervor excepcionais. Tornou-se, em pouco tempo, a devoção universal, pois a ela se liga uma especialíssima proteção da Mãe de Deus. Devoção dos santos, dos reis, dos doutores, das virgens, dos confessores, das mães, dos jovens, dos meninos, devoção predileta dos grandes e sábios, como devoção querida dos simples e humildes.

Apareceu a Virgem Imaculada, em Lourdes, à casta e pura Bernadete e, durante as 18 vezes em que deslumbrou com os esplendores de sua régia e celestial majestade os olhos estáticos da jovem, sempre trouxe consigo um Rosário de contas de jaspe em fio de ouro com uma cruz formosíssima. Erguendo com a virginal mão a cruz, à altura da fronte, benzia-se e depois ia passando as contas, ao tempo em que Bernadete recitava o seu Terço.

Das mãos da Rainha Celestial para as humildes e inocentes mãos de três pastorinhos — Lúcia, Jacinta e Francisco — o Rosário é de novo mostrado ao mundo e as crianças transmitem fervorosamente o apelo da Virginal Senhora. Como das mais belas revelações de todos os tempos, ressoa a maravilhosa afirmação: “Eu sou a Senhora do Rosário e vim exortar os féis a recitarem o Rosário e a fazerem penitência pelos seus pecados”.

Somente o inimigo, que emerge das profundezas do inferno para perder as al-mas, pode sugerir aos cristãos que o Terço de Nossa Senhora é uma devoção do passado ou uma beatice de ignorantes.

Aqui e ali, com sofismas de enganador, o demônio continua a armar traições ao calcanhar da Mulher bendita e, com sutileza mistificadora, vai penetrando até mesmo (e com muito mais ganância) nos ambientes católicos.

Para ele, a colheita em certos campos tem sido alegre e farta. Não são raros aqueles que desprezam hoje a piedosa prática do Terço tão insistentemente recomendado pela Igreja. Os pobres infelizes estão sendo envolvidos pelas malhas satânicas do ardiloso príncipe das trevas.

Mas existe a multidão da fidelidade. E a fé popular, que tantos querem destruir, continua a reafirmar cantando o prodígio de Fátima: “a Virgem nos manda as contas rezar — diz Ela que o Terço nos há de salvar”.

De todos os recantos da terra, sobe do coração dos filhos amorosos o perene louvor de Maria na recitação cotidiana de seu predileto Rosário. Por ele, chuvas de bên-çãos cairão sobre nós.

 

Artigos escritos por Maria Isabel Adami Carvalho Potenza